terça-feira, 29 de abril de 2014

Cadeirante e cego podem embarcar fora dos pontos de parada dos ônibus

Meu Povo, muitos cadeirantes e cegos tem dificuldades enormes para pegar um ônibus. É mais complicado para esse público chegar até a parada do ônibus. As barreiras arquitetônicas são muitas e de vários tipos. Felizmente, em algumas cidades, existem algumas leis que amenizam essa situação. Aqui em Porto Alegre, tem uma lei que garante ao cadeirante e ao cego o direito de poderem embarcar fora dos pontos de parada dos ônibus. Mas, infelizmente, algumas vezes temos direito a determinadas coisas e não sabemos. Por isso, estou divulgando a lei no blog. O texto da lei é da autoria do vereador Paulo Brum, que também é cadeirante.

 

Lei Municipal 8.890, de 9 de abril de 2002 - Porto Alegre

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

Faço saber, no uso das atribuições que me obriga o parágrafo 7º, do art. 77, da Lei Orgânica, que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência, usuárias de cadeiras de rodas e cegos, o direito de embarque e desembarque fora dos pontos de parada dos ônibus.
Parágrafo único. Excetuam-se dos locais de paradas as áreas dos corredores exclusivos para ônibus e o perímetro central da Cidade, respeitadas as normas vigentes de circulação e parada de veículos, contidas na legislação de trânsito.

Art. 2º Cabe ao Executivo Municipal, através do órgão competente, estabelecer as normas técnicas necessárias ao cumprimento do disposto no art. 1º desta Lei.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 09 DE ABRIL DE 2002.

JOSÉ FORTUNATI,
Presidente.

Registre-se e publique-se:

PAULO BRUM,
2º Secretário

quinta-feira, 24 de abril de 2014

20 Mil Acessos!

Meu Povo, alcançamos a marca de 20 mil acessos! 20 mil visitas! 20 mil visualizações! É claro que perto de outros blogs bem mais visitados do que o meu, isso não é quase nada. Mas eu fico pensando em quantas cidades que, nesse mundo, tem menos de 20 mil habitantes. Imaginem. Uma cidade inteira de 20 mil habitantes já leu um texto teu, sabem o que eu penso sobre alguns assuntos e conhecem um pouco da minha vida. Modéstia a parte, tenho muito orgulho disso desse meu pequeno feito.
Dessas mais de 20 mil visitas, 51,19% são brasileiras e 48,81% são estrangeiras. O número de países que nos visitou continua aumentando e já chegou a 73. São eles: Brasil; Alemanha; Estados Unidos; Rússia; Gana; Letônia; Portugal; República Tcheca; Canadá; Reino Unido; Honduras; Uruguai; Colômbia; Israel; Barbados; Japão; Arábia Saudita; Emirados Árabes; Polônia; Malásia; Nicarágua; Espanha; Senegal; Índia; Austrália; Iraque; Argentina; Nova Zelândia; Chile; Bélgica; Ucrânia; França; Itália; Suécia; Indonésia; Irlanda; Romênia; Turquia; Noruega; Catar; Cabo Verde; Geórgia; México; Paquistão; Estônia; Bulgária; Filipinas; Venezuela; Suíça; Peru;  Holanda; Sérvia; China; Hungria; Coréia do Sul; Bielorrússia; Bolívia; Moldávia; Tailândia; Vietnã; Uzbequistão; Equador; Egito; Áustria; Cingapura; Dinamarca; Panamá; Taiwan; Grécia; Guiana; República Dominicana; Saint Martin e Luxemburgo.
O número de seguidores parou nos 130.
Já o número de acessos vem caindo desde janeiro. Talvez este blog já não entusiasme mais tanto as pessoas. Mas tudo bem. Eu não desanimo. Continuarei escrevendo como terapia, para extravasar o que penso. Continuarei escrevendo. Nem que seja apenas para mim mesmo. Para, um dia, ter isso como um pequeno registro da minha vida.  
  

terça-feira, 22 de abril de 2014

A morte de Luciano do Valle

Meus amigos, vocês sabem que sempre gostei muito de esportes e nunca me intimidei por causa da deficiência física. Os adultos percebiam que eu gostava e sempre me incentivavam, seja em casa ou na escola. Se eu não podia correr, que jogasse de goleiro, então.
E o meu gosto por esportes aumentou muito depois que a Rede Bandeirantes começou as suas transmissões na década de 80. Comecei a gostar do Luciano do Valle ainda em 81 quando ele ainda trabalhava na Globo com o campeonato de fórmula 1 ganho por Nelson Piquet e o campeonato brasileiro conquistado pelo meu Grêmio. Em 82, veio a histórica narração da tragédia de Sarriá quando o Brasil perdeu da Itália.
Eu 83, Luciano foi para a Record e aí começou a mostrar o seu espírito empreendedor (talvez ele tenha saído da Globo por não ter espaço para mostrar esse seu lado) quando montou o histórico jogo de vôlei entre Brasil e União Soviética no Maracanã (para quem não sabe, parte do jogo transcorreu debaixo de chuva e os próprios jogadores tenataram secar a quadra. Depois, foi colado um carpete para que a partida acontecesse). Este é, até hoje, o jogo de voleibol com o maior público no mundo. Eu escrevi no mundo.
No ano seguinte, Luciano foi para a Band e aí começou uma revolução no esporte brasileiro. A emissora lhe deu espaço e ele criou vários programas de esporte. O destaque era o Show do Esporte com 10 horas de programação. Poucos se deram conta mas o Luciano estava criando o embrião dos canais de tv a cabo no Brasil. Além disso, tinha a Faixa Nobre do Esporte, entre outras atrações como um desafio entre o próprio Luciano e o Juarez Soares (ele começou na Band junto com o Luciano). Cada um tinha uma equipe num determinado esporte e eles mesmos tinham que jogar. Era muito divertido. Tinha esporte toda hora na Band e a Bandeirantes virou o Canal do Esporte. Ainda tinha o Verão Vivo, programa feito pela equipe de esportes da Band nas praias de São Paulo às tardes.
Para vocês terem uma ideia, o volei se tornou o segundo esporte em popularidade no Brasil graças ao espaço dado pela Band e o Luciano. Eu fui ver o Maguila lutar num Gigantinho lotado e a seleção brasileira de masters jogar duas vezes. A Fórmula Indy; a NBA e o futebol americano foram descobertos e ficaram conhecidos aqui também em função disso.
E a equipe da Band (neologismo criado pelo Datena que achava o nome Bandeirantes muito cumprido) era extremamente competente. Elia Júnior; Elis Marina; Simone Mello (eu era apaixonado por ela!); Jota Júnior; Eli Coimbra; Alexandre Santos; Januário de Oliveira; Gilson Ribeiro; Luis Ceará; Silvia Vinhas; Alvaro José; Datena; Octávio Muniz entre outros entravam na sua casa como se fossem os seus amigos. Me lembro de, uma vez, eu tinha 9 ou 10 anos e estava vendo o Show do Esporte quando comentei com o meu pai: ô pai, você percebeu como o pessoal da Band a gente chama pelo primeiro nome? Essa era a equipe de esportes da Band na época: eles faziam parte da nossa família.
Resultado disso tudo: quando eu era adolescente, decidi que seria jornalista esportivo. Eu queria trabalhar na equipe da Band ao lado de Luciano do Valle. Achava que era só pegar o microfone e sair falando (grande inocência a minha). Não consegui. As minhas únicas incursões no jornalismo esportivo foram trabalhar na rádio da LBV com o Tiago Pellizzaro; o trabalho de assessor de imprensa na FUGE (Federação Universitária Gaúcha de Esportes) e o trabalho no Grêmio. Sequer conheci o Luciano. Ficou uma pontinha de frustração mas a vida continua.
Depois, com o passar dos anos, o esporte foi perdendo espaço na Band. Luciano foi para a Record onde ficou três anos mas voltou para a sua antiga casa, dessa vez só como narrador.
No domingo anterior, depois que eu vi que o Gre-nal tava decidido, mudei para a Band para ver a final do Paulistão, que estava emocionante a ponto de ir para os penâltis. Luciano estava narrando. Mal sabíamos que era o seu último trabalho.
Fica a tristeza de ele ter ido embora tão cedo. Fica a tristeza de termos perdido uma pessoa tão empreendedora para o esporte. Luciano do Valle, sem ter sido atleta profissional, foi uma das pessoas mais importantes para o esporte brasileiro. É o tipo da perda que será difícil substituir.
Valeu, Luciano!


OBS: Para quem conhecer um pouquinho mais do Luciano, aqui vai uma entrevista no programa Bola da Vez com a equipe da ESPN Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=XiBqH-dkFAE

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Seis meses de uma revolução na minha vida!

Minha Gente, este texto é dois em um. No domingo, a Pati faz 32 anos e, no dia 27 (no outro domingo), estou completando seis meses de uma grande revolução na minha vida. É claro que estou falando do namoro com ela, de tudo que ela está fazendo por mim.
Primeiramente, um parênteses: eu achava que não conseguiria fazer esse texto em função da falta de tempo por causa da internação da Pati. Para quem ainda não sabe, ela teve uma inflamação no pé que infeccionou e formou um abscesso. Resultado: a Pati teve que operar de emergência e ficou internada. Passei umas tardes com ela no hospital e achei que não fosse conseguir fazer esse texto mas, para a Pati, eu sempre arrumo tempo.
Voltando ao assunto original, primeiro, quero te cumprimentar pelo níver. Resumidamente, desejo que você continue sendo essa guria legal. Segundo, com relação aos seis meses do nosso namoro, quero te agradecer todo o teu amor (estou sendo repetitivo, eu sei, mas é o tipo da coisa que não me importo de repetir); toda a tua paciência; toda a tua cumplicidade; todo o carinho; a lealdade; todo o teu cuidado; toda a tua doçura e toda a tua garra, essa vontade de viver; toda a tua sinceridade e os teus conselhos. Como já te disse, adoro estar ao teu lado (mesmo que seja no hospital).
Mas hoje quero te fazer um agradecimento especial. Quero te agradecer por ter me dado essa família maravilhosa (ou foram eles que me deram você?). Agradecer à tua mãe, a Super Mara (até eu roubo ela um pouqunho, de vez em quando), sempre muito zelosa e amorosa com todos à sua volta. Agradecer à tua vó (e minha vó emprestada também) a dona Olva, sempre muito alegre e prestativa. Queria agradecer ao Adriano; à Carol; ao Tales; ao Nato e à Laura por dar um complemento todo especial a essa família. Dá gosto conviver com vocês; me sinto super a vontade. 
Parabéns mais uma vez, Minha Pequena! E quando te der algum desânimo, lembre-se de tudo o que você já passou nessa vida. TE AMO!!!    

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Cartola FC 2014

Pois é, Minha Gente, está começando mais um campeonato brasileiro e com ele, mais uma competição do fantasy game Cartola, que é promovida pelo site do Sportv.
É um jogo extremamente interessante em que você é o presidente de um time virtual. Você define o nome, o símbolo e o uniforme dessa equipe. Com o dinheiro virtual do jogo ("as cartoletas"), você contrata os jogadores que acha que pontuará mais. E como é definida essa pontuação? Dentro dos critérios básicos do futebol. Se o jogador fez gols; deu passes; finalizou mais, etc, ele ganha pontos. Se ele faz faltas, toma cartões e erra passes, ele obviamente perde pontos. É muito interessante. O site do Cartola é: http://cartolafc.globo.com/#!/home .
Aqui está um guia de como montar o seu time: http://globoesporte.globo.com/cartola-fc/noticia/2014/04/guia-do-cartola-fc-aprenda-criar-times-comprar-jogadores-e-muito-mais.html .
Eu adoro esse jogo mas confesso que não sou dos melhores, dos caras que faz mais pontos. Mas me envolvo e me divirto bastante. Até criei uma liga: a Liga dos Abandonados. Se você quiser entrar na minha liga, mande o nome do seu time (pode ser como resposta a esse texto ou por e-mail: gutrevisi@hotmail.com ) que eu envio o convite.
Veremos quem é o melhor!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Outro artigo do Jorge Amaro no Correio do Povo

Minha gente, consegui publicar outro artigo do Jorge no Correio do Povo. O Jorge Amaro, apesar de não ser deficiente, é uma das pessoas mais engajadas desse país no segmento da pessoa com deficiência. Conheci ele em 2011 na posse da nova diretoria da Faders (Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado no Rio Grande do Sul) e nos tornamos grandes amigos. Ele é o meu conselheiro no assunto pessoa com deficiência. Hoje, o Jorge é coordenador geral do Conade (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência), posição que conquistou com muito mérito.
E desde 2011, o Jorge manda esses artigos para eu tentar publicar no Correio já que eu trabalhei lá. Alguns, eu consegui. Outros não. É um grande prazer editar os textos do Jorge porque eu sempre aprendo e me exercito na edição.
No texto de hoje, ele fala sobre algumas políticas que acha necessárias para que a inclusão e acessibilidade evoluam no Brasil. Aí está:

                                                                   
                                                                    Políticas para um Brasil inclusivo

O Brasil caminha na direção de políticas públicas que colocam as pessoas com deficiência no centro dos debates dos governos e da sociedade. A história segregou, discriminou e até exterminou este grupo, o que gera uma sociedade que precisa avançar no olhar e na ação efetiva de políticas universais.

O primeiro elemento que precisamos destacar é justamente o protagonismo. Ou seja, como se dá a participação social. Hoje, o controle social se dá a partir dos conselhos de direitos. No Brasil, são aproximadamente 600, onde governo e sociedade civil constroem pactos possíveis.

A mudança de concepção se deu de forma emblemática. Por muito tempo, as políticas públicas eram ofertadas a partir de serviços que significavam não um direito, mas a caridade aos "coitadinhos” e“incapazes” e desprovidos de direitos. Daí vêm os diversos processos assistencialistas instituídos nos diferentes órgãos, cujo principal elemento era a segregação.

O modelo atual, baseado nos direitos da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU, que estabelece a inclusão como elemento central das políticas e ações voltadas aos deficientes. A partir disto, não são mais vistas como objeto apenas do assistencialismo, mas de uma politica de assistência social e das demais politicas publicas. E assim instituídas no arcabouço dos direitos humanos.

Para dar conta disso, surge o Plano Viver sem Limite. Um plano que organiza as politicas, que dialoga com os direitos humanos e coloca, no centro do governo, os direitos dos deficientes.

Os desafios são enormes. Por isso, é preciso fortalecer as instâncias locais - conselhos, órgãos gestores, sociedade civil. Todos precisam estar empenhados nesta construção democrática. Um novo Brasil, necessariamente passa pelo respeito às pessoas com deficiência.

Recentemente, visitei os estados do Piauí e do Pará, respectivamente. Ambos, a partir do Viver sem Limite, produzem boas políticas que demonstram a capilaridade de um Plano extremamente recente. E em regiões que tem grande carência por conta de fatores geográficos, sociais e econômicos. Tudo parte do reconhecimento da ONU, que estabelece a mudança de paradigma considerando os direitos humanos dos deficientes e o seu direito de participar efetivamente em todas as esferas da vida nas mesmas condições que os demais. E este deve ser o principal objeto de nossa luta cotidiana.
 
   

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A cadeira nova da Pati

Minha Gente, a Pati está de cadeira de rodas nova. Ela ganhou do SUS (Sistema Único de Saúde) via AACD. Na AACD, ela também está fazendo tratamento de reabilitação com fisioterapia, terapia ocupacional e psicóloga.
Para quem ainda não sabe, o SUS dá este tipo de equipamento a quem necessita. Basta que você vá ao posto de saúde com o laudo médico. Depois, eles entram em contato contigo.
A Pati está muito feliz e não é para menos já que a nova cadeira é bem melhor, mais leve e mais estável do que a que ela tinha antes. Ontem, ligaram da AACD dando a notícia de que a cadeira de banho dela está pronta.
Daqui a aproximadamente dois meses, ela receberá uma cadeira motorizada. Com esses equipamentos e tratamentos, a Pati vem reconquistando a sua independência. Daí, o motivo da sua felicidade.
E é claro que eu e a família dela compartilhamos dessa alegria.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Fórmula 1

Meu Povo, como amante de esportes que sempre fui e sempre serei, desde criança, eu acompanhava a Fórmula 1. Comecei em 81, se não me engano, e dei sorte porque, logo no meu primeiro de F1, o Piquet foi campeão.
Então, aprendi a gostar de Fórmula 1 e passei a acompanhá-la. Dificilmente, eu perdia uma corrida. Era muito legal ver Alan Jones; Carlos Reutemann; Rene Arnoux; Didier Pironi; John Watson; Patrick Tambay; Manfred Winkenlock, entre outros. Sem falar nos grandes Alain Prost, Nigel Mansell, Keke Rosberg, Gilles Villeneuve, Niki Lauda e Nelson Piquet, já citado.
Eram corridas extremamente disputadas, com grandes pegas (veja alguns no youtube). Como a eletrônica ainda não estava disponível para os pilotos, valia mais o talento do que a força do carro.
Depois, veio a era de Ayrton Senna, que foi a grande curtição dos brasileiros, como todos nós sabemos. Aliás, para mim, 1987 foi o ano mais disputado que vi, com Piquet, Prost, Mansell e Senna brigando pelo título. Deu Piquet, de novo (tricampeão).
Depois do Senna, não tivemos mais pilotos brasileiros se destacando (Barrichello e Massa foram enganações ainda que, em 2008, Massa tenha disputado o campeonato com Hamilton até o final).
Em seguida, surgiu Michael Schumacher que, em números, foi o maior de todos eles. Quando Schumacher ganhou cinco títulos seguidos, a Fórmula 1 já estava chata, com um número cada vez menor de ultrapassagens (corrida de carro sem ultrapassagem não dá, né?), porque só dava Ferrari e Schumi mas eu resisti e continuei assistindo.
Após o Schumacher, veio outro alemão, o Vettel. Foram mais quatro títulos seguidos. Aí não deu mais para aguentar! É muita repetição, muita chatice. Em 20 anos, apenas esses dois ganharam 11 campeonatos. Além disso, veio dois títulos do Alonso e dois do Mika Hakkinen. Resultado: nessas duas décadas, só nove pilotos ganharam títulos. É repetitivo demais.
Para piorar, há alguns anos, inventaram a tal da regra da asa. Quando a distância entre dois carros é de menos de um segundo, quem está atrás pode abrir uma asa para ganhar velocidade e o da frente não pode abrir a mesma asa para se defender. Ou seja, o número de ultrapassagens aumentou mas foi um aumento de maneira totalmente artificial.
No último domingo, resolvi assistir a corrida da Cingapura. Primeiro, os carros da Mercedes já ganharam as duas primeiras corridas e estão disparadas no campeonato e, no domingo, estavam um segundo mais rápido do que os outros carros. Ou seja, já sabemos quem será o campeão e quem ganharia a corrida. Do terceiro para trás, várias ultrapassagens com a ajuda da asa, um artifício desleal. E o Massa, que fez uma excelente largada, acabou chegando na mesma posição que saiu no grid.
Para mim, ficou tudo muito sem graça. Estamos sem brasileiros para torcer e as corridas, agora, tem uma emoção, como eu já escrevi, totalmente artificial. E o Galvão Bueno tentando enganar o telespectador, dizendo que a corrida de domingo foi maravilhosa. Haja saco!
Não tenho mais paciência para ver as corridas de Fórmula 1 ainda que me interesse saber o resultado dos treinos e corridas.     

 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Mais um artigo do Portinho sobre o Beira Rio

Meu Povo, recebi este belo texto do Luiz Portinho na sexta-feira mas só abri hoje. Por isso, ele está desatualizado com relação ao fato (a re-re-re-reinauguração do Beira Rio já aconteceu) mas vale a pena ler pela reflexão que o Portinho faz. 

                                        
       Torcida Colorada - lute por uma sociedade mais inclusiva!


Depois de mais de 1 ano de infindáveis negociações a diretoria do Internacional não cumpriu com suas obrigações e promessas e o Estádio Beira Rio terá uma festa inauguração PARA ALGUNS COLORADOS.

Mais uma vez uma parte da sociedade fica fora da festa; nesse caso NÓS pessoas com deficiência.

Giovani Luiggi e sua direção, de forma repudiável, não cumpriu as obrigações assumidas perante o Ministério Público através do TAC da Acessibilidade. Foi isso que nosso representante constatou em visita ao Estádio na última 6a feira.

A maravilhosa festa de inauguração que acontecerá no próximo final de semana será destinada apenas a ALGUNS COLORADOS (para ser claro, aqueles Colorados que não possuem algum tipo de deficiência). Os Colorados PCDs (que compraram ingressos p PNE - nem o termo adequado a direção do Internacional consegue utilizar); aos Colorados PCDs será destinado um lugar no reservado construído no nível 1 - área de exclusão, não por outro motivo denominado de "Chiquerinho dos Aleijados" (tomara que não chova!).

Mas sejamos realistas, a direção do Internacional apenas repercutirá, na festa de inauguração do Beira Rio, aquilo que nossos homens públicos e, sejamos também honestos, a maioria de nossa sociedade pensa e faz em relação às pessoas com deficiência (PCDs).

Em 2014 continuamos excluídos!

* Nas Escolas os alunos PCDs continuam a aprender com seus "mestres" que não podem realizar esta ou aquela atividades e que não podem frequentar esta ou aquela dependência dos colégios. Iniciamos a vida aprendendo a ser incapazes e a respeitar o direito de a sociedade nos excluir;

* Excluídos nos aeroportos, rodoviárias e estações; algumas com lindas arquiteturas, mas sem acessibilidade e sem veículos acessíveis. Direito de ir e vir para pessoas com deficiência é direito de ir e vir, caso alguém se disponha a a ajudar;

* Excluídos em bares e restaurantes que quando possuem acesso na entrada não oferecem cardápios em braile ou uma porta com largura suficiente para passar uma cadeira de rodas. E a Prefeitura liberando alvarás e fazendo seu trabalho em prol da exclusão;

* Excluídos por indivíduos caras de pau e sem vergonha que insistem em estacionar nas vagas reservadas "por um minutinho", para satisfazer seus egos e suas necessidades que, claro, estão acima dos direitos alheios;

* Excluídos em Ginásios e Praças esportivas que não possuem projetos de paradesporto e que não liberam espaços e horários para aqueles projetos realizados para pessoas com deficiência;

* Excluídos por empresários que, ainda hoje, contratam PCDs para preencher as cotas obrigatórias estipuladas pela Lei 8213 e as mandam ficar em casa; por preconceito e para que não precise adequar sua empresa às necessidades de uma sociedade repleta de diversidades;

* Excluídos em todos os atos corriqueiros da vida diária como ir a um agência bancária, tomar um ônibus para ir ao trabalho, estudar ou mesmo ir Ministério Público ou à Justiça, para reclamar do descumprimento de seus direitos.

A sociedade insiste em nos fazer sentir culpados por sermos pessoas com deficiência; como insiste em fazer negros se sentirem culpados por serem negros e velhos se sentirem culpados por envelhecer.

Você que não conhece essa realidade ou que não concorda com o tom empregado nesta missiva; bem vindo à sociedade da exclusão em que você vive!

A atual direção do Internacional, como dissemos, repercute no Estádio Beira Rio a visão preconceituosa e as práticas de exclusão que nossa sociedade, diariamente, exerce com relação às pessoas com deficiência.

Por isso hoje, nesta data festiva, queremos parabenizar o Internacional, a Instituição e sua Torcida, pelos 105 anos de existência.

Dirigentes medíocres/preconceituosos/incompetentes jamais diminuirão o tamanho de grandes instituições e as tradições de sua torcida.

Torcida Colorada lute por uma sociedade mais inclusiva!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Retiro o que disse...

Minha gente, no último dia 17 de fevereiro, publiquei, aqui no blog, um artigo do Luiz Portinho falando sobre a falta de compromisso da direção do Inter com a acessibilidade na reforma do Beira-Rio (http://blogdaacessibilidade.blogspot.com.br/2014/02/o-novo-beira-rio-nao-tem-acessibilidade.html). O texto foi muito bem acessado.
Um mês depois, o jornal Zero Hora publicou uma reportagem mostrando o arrependimento da direção do Inter e as melhorias no projeto de acessbilidade do estádio. Também escrevi um texto aplaudindo os responsáveis pelo clube.
Pois, neste final de semana, depois de mais de dois anos sem ser utilizado na sua plenitude, o Beira Rio foi reinaugurado. Foram dois dias de muita festa para os colorados. Mas, infelizmente, a acessibilidade ficou só na promessa. O próprio Portinho, que está na foto acima, mostrou o problema com imagens na sua página do facebook.
Existem degraus para chegar ao local aonde os cadeirantes assistem aos jogos e nos banheiros. É um absurdo! Uma completa falta de respeito! O estádio padrão Fifa não tem acessibilidade. É essa a "consideração" que a direção do Sport Club Internacional tem com o seu torcedor com deficiência e com aqueles que assistirão a Copa.
É o que sempre digo: os que não pensam na acessibilidade acham que nunca passarão por essas dificuldades. Nem quando envelhecerem. Para quem ainda não sabe, acessibilidade é um direito e, um dia, você, certamente, precisará dela.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ficar sozinho em casa

Minha gente, uma das minhas grandes curtições, quando criança, era ficar sozinho em casa por algumas horas sem a presença dos mais velhos, fossem eles os meus pais ou as minhas irmãs (sou o caçula, lembram?). Imaginem a sensação de poder e liberdade que eu tinha nesses momentos! Eu me sentia o maioral. Me sentia o dono da casa, do espaço, do campinho. Eu podia fazer o que queria (desde que não botasse fogo no apartamento, é claro).
Pois, nesses últimos dias, estou tentando essa sensação novamente já que os meus pais foram viajar. Estão visitando a minha irmã mais velha na Austrália. Passarão mais de um mês fora. A Deborah faz o curso dela de técnica em segurança do trabalho até tarde da noite (estamos só nós dois em casa). Então, eu chego do trabalho no final da tarde (ou no começo da noite) e fico três, quatro horas sozinho em casa.
É claro que já não sinto mais a sensação de poder, de ser o dono do campinho que tinha antes porque não sou mais criança. Mas a sensação de liberdade e de paz continua a mesma. O silêncio e a calma da casa vazia me tranquilizam. Esvaziam a mente, me fazem pensar na vida. Para mim, é a mesma coisa do que olhar para um mar. O som da praia e aquele horizonte me acalmam uma barbaridade. É muito gostoso.
Essa é a grande vantagem da ausência dos meus pais por tão longo tempo. Mas, um dia, terei o meu próprio espaço para poder ter essa sensação diariamente.
Enquanto isso, mudando completamente de assunto, a Patrícia já recebeu a sua cadeira de rodas manual que ela ganhou da AACD via SUS. Para quem não sabe, o Sistema Único de Saúde (SUS) dá este tipo de equipamento. Basta que você vá ao posto de saúde com o laudo médico. Depois, eles entram em contato contigo.
A Pati está feliz da vida e não é para menos já que a cadeira nova é bem melhor e mais estável do que a antiga. Daqui a aproximadamente dois meses, ela receberá uma cadeira motorizada, o que lhe dará muito mais independência.
Vou indo, Meu Povo! Até a próxima e um ótimo final de semana.