Já faz uns dias que não compareço aqui... No último final de semana, fui na Feira do Livro, passeio que faço desde criança. Para quem não é daqui e, evidentemente, não sabe, Porto Alegre tem a maior feira de livros ao ar livre da América Latina (http://www.feiradolivro-poa.com.br/). É uma delícia ir lá, ver livros (coisa que eu adoro) debaixo daquelas árvores. E comprar alguns, coisa que sempre faço.
Mas nem tudo são flores na Feira para uma pessoa com deficiência. A começar pelo piso da Praça da Alfândega, que são aquelas pedrinhas horrorosas chamadas de mosaico português. Aquele piso é duro, as pedras são totalmente irregulares. Como se não fosse suficiente, as coisas ainda pioram porque, nas ruas adjacentes, a Feira está em cima do paralelepípedo mesmo. Os caras não tem noção.
Como me considero uma cara inclusivo e não posso pensar só em mim, comecei a prestar atenção em outros detalhes. Por exemplo, as bancas são muito altas para cadeirantes e pessoas com baixa estatura. Visitei a Feira na companhia da minha amigona Liza e ela me disse que, nos banheiros químicos adaptados, não cabem uma cadeira. Nas bancas e postos de informações, não tem alguém que saiba Libras. Nos eventos paralelos, também não. Os livros em braille e audiolivros praticamente inexistem. Tem gente que trabalha nas bancas que nem deve saber o que é isso.
Tive que escrever um artigo para o Correio do Povo. Se publicarem, acho que dará polêmica.
Mas nem tudo são flores na Feira para uma pessoa com deficiência. A começar pelo piso da Praça da Alfândega, que são aquelas pedrinhas horrorosas chamadas de mosaico português. Aquele piso é duro, as pedras são totalmente irregulares. Como se não fosse suficiente, as coisas ainda pioram porque, nas ruas adjacentes, a Feira está em cima do paralelepípedo mesmo. Os caras não tem noção.
Como me considero uma cara inclusivo e não posso pensar só em mim, comecei a prestar atenção em outros detalhes. Por exemplo, as bancas são muito altas para cadeirantes e pessoas com baixa estatura. Visitei a Feira na companhia da minha amigona Liza e ela me disse que, nos banheiros químicos adaptados, não cabem uma cadeira. Nas bancas e postos de informações, não tem alguém que saiba Libras. Nos eventos paralelos, também não. Os livros em braille e audiolivros praticamente inexistem. Tem gente que trabalha nas bancas que nem deve saber o que é isso.
Tive que escrever um artigo para o Correio do Povo. Se publicarem, acho que dará polêmica.
Bom, só pra ilustrar um pouco mais: no dia em que eu fui anunciaram no sistema de som que o estande da Caixa tinha tradutora de Libras. Detalhe: anunciaram no sistema de som um serviço para surdos. Ótimo né? Hahahahah
ResponderExcluirSó rindo mesmo...
Surreal, Bruninha. Surreal...
ExcluirFui na Feira na sexta-feira e até tirei uma foto de um cadeirante, a sensação que eu tinha é que ele estava fazendo trilha, é um horror, quando chegou em uma banca o atendente não o enxergou!
ExcluirÉ o que eu imaginei, Anajara.
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