Terminou ontem a 4ª
Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência,
realizada em Porto Alegre, no hotel Plaza São Rafael. Infelizmente,
o evento teve uma organização que deixou muito a desejar. Falta de
cumprimento de horários e discussões pouco objetivas foram a
tônica.
Na sexta, a cerimônia
de abertura já começou com mais de meia hora de atraso. Para
piorar, botaram dez pessoas (isso mesmo, 10!) para discursar. O
discurso da ministra Maria do Rosário durou mais de 45 minutos. Depois,
ainda teve uma palestra. Resultado: a leitura do regimento interno da
conferência começou depois das dez da noite. Os participantes
querem discutir ponto por ponto. Leem até os pontos que dizem a
forma como se chegou a esta convenção, coisa que não tem mais como
mudar. Desisti da discussão e fui embora.
O sábado começou
bem, apesar de novo atraso no horário. Tivemos excelentes palestras.
Na parte da tarde, discutimos as propostas para o documento final. De
novo, muita discussão e lenga-lenga. Uma desorganização brutal fez
o nosso grupo só terminar as propostas ás oito e meia da noite. Vim
embora duas horas antes, com dor de cabeça.
No domingo, por causa
de uma gripe e da chuva, quase não fui. A discussão da proposta
final estava um pouco mais ágil até que alguém lembrou que a
eleição de delegados para a 3ª
Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência
tinha que ser logo porque o pessoal do interior precisava ir embora.
Pronto. Começou outra confusão. Primeiro, a lista dos delegados
estava confusa. Eu nem sabia qual era a minha turma. Quando cheguei
lá, já tinham escolhido os delegados. Aí, alguém berrou e me
botaram na lista. Eu vi gente decidindo a vaga no”discordar” (no
2 ou 1). Patético.
Vim embora. Nem
esperei o término da discussão das propostas. Aliás, eu não
estava lá quando chamaram os novos delegados estaduais. Pelo menos,
estarei em Brasília para a Conferência Nacional, em dezembro.
Espero ter outras experiências e tomara que a conferência nacional
seja mais ágil. Terminei a conferência estadual chateado quando
conversei com o assessor do Fabiano Pereira e ele me disse que já
foi a várias conferências e que é tudo igual. Lamento que falte
objetividade e que, muitas vezes, o ego fale mais alto do que o
interesse coletivo.
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