terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Impressões sobre Brasília

Por uma destas coincidências da vida, conheci Brasília na semana que Niemeyer morreu. E quase não consegui conhecê-la da maneira que gostaria. Como disse no post anterior (http://blogdaacessibilidade.blogspot.com.br/2012/12/diario-da-conferencia-de-brasilia.html), na segunda-feira, 1º dia do evento, na parte da manhã, só tínhamos o credenciamento para fazer. O evento, propriamente dito, começava no fim da tarde. Portanto, tínhamos uma parte da manhã e outra da tarde para fazer o passeio.
Logo consegui me enturmar com um pessoal do Ceará que estava com a mesma intenção que eu. O duro foi achar um taxista ou guia turístico. E conversa daqui, conversa de lá e nada. Demoramos tanto que resolvemos almoçar. E o almoço foi legal porque serviu para me enturmar com os cearenses.
Na parte da tarde, as coisas começaram enroladas mas, dessa forma, conseguimos mais gente (do Rio Grande do Sul) para fechar a van e começar o passeio. Quando iniciamos, já passava das duas da tarde.
Começamos pelo Memorial JK, que estava fechado; passamos pela Esplanada dos Ministérios; Biblioteca Nacional; Catedral (que é lindíssima. Para mim, a melhor obra do falecido); Praça dos Três Poderes (Congresso, STF e Palácio do Planalto); Palácio do Jaburu e Palácio da Alvorada; Lago Paranoá e Ponte JK (espero não ter esquecido de nada).
Confesso que não gostei da arquitetura de Brasília. Dizem que Niemeyer era o homem das curvas mas achei tudo muito reto e parecido. Parece um monte de caixões. As curvas são poucas. Tudo de concreto e com um aspecto muito velho, o que acentuado é pela terra vermelha, típica da região. Quando as curvas aparecem, como na Catedral, a obra é linda. Mas, infelizmente, elas pouco fazem parte da obra de Niemeyer...
Um aspecto lastimável em que não citei ainda (nem no post anterior) e que até a presidente Dilma Rousseff falou no seu discurso (meu Deus, como fui egoísta) foi a falta de acessibilidade dos hotéis de Brasília. Para a minha colega de delegação Silna entrar com a cadeira de rodas no banheiro, tiveram que tirar a porta.
Pra não dizer que não falei de flores, um detalhe extremamente positivo de Brasília é a natureza. Tem áreas verdes por todos os lados. Gostei do astral do povo de lá. Achei eles muito parecidos com os nordestinos, inclusive no jeito de falar.
No post antes da viagem (http://blogdaacessibilidade.blogspot.com.br/2012/11/estou-indo-pra-brasilia.html), eu disse que iria para a capital federal ver se Renato Russo tinha razão. Mas não tem, não. A não ser que ele tenha se referido ao fato de Brasília ser uma cidade de pouco trabalho e bons empregos. É o que dizem: Brasília funciona de terça a quinta. Pude comprovar isso. Viemos embora na sexta de manhã e o aeroporto estava lotado. Tanto que tivemos que chegar com muito mais antecedência do que o normal para fazer o check-in. Lamentável. 

5 comentários:

  1. Sua descrição da Capital do Brasil identifica-se com a minha, para ser uma cidade planejada falta detalhe primordial "Acessibilidade" nota-se que o Desenho Universal não foi contemplado na obra.
    Marliene

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  2. É claro que a sua impressão se parece com a minha, Marliene. Até porque conhecemos um tanto da cidade juntos, né? Eheheheheh...
    Beijão!

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  3. É, foi ótimo!
    Troque impressões sobre Brasília com um amigo Arquiteto (Fábio), na opinião dele Oscar Niemeyer era de obras IMPACTANTES mas sem funcionalidade, completei: e sem acessibilidade. Porém foi um grande divulgador do nosso Pais la fora!

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  4. Divulgador de obras feias e sem funcionalidade, né Marliene?

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  5. Owwwwwwwwww espero que não tenha ficado com uma má impressão de bsb pois é uma linda cidade!
    Tatiara

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