quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A acessibilidade da Arena é inacessível

Oi, minha gente! Confesso que estou louco para conhecer a Arena do Grêmio mas até a loucura tem limite. No Olímpico, as pessoas com deficiência não precisavam pagar ingresso. Na Arena, o Osorio negociou e conseguiu com que pagassemos metade do valor.
No sábado, fui fazer o meu cadastro no site da Arena para pegar esse desconto e comprar ingresso para o jogo contra a LDU. Lá informava que o meu CPF já estava cadastrado. Só que eu não tinha senha para entrar no site e comprar o tal ingresso. Liguei para os telefones da Arena divulgados para resolver essa situação mas ninguém atendeu. Telefonei para a Central de Relacionamento do Olímpico e me deram outros números. Não resolveu. Me dispus a ir até a Arena tal era a minha vontade de ir no jogo. Voltei a ligar para a Central de Relacionamento do Olímpico para saber se a Central de Relacionamento da Arena estaria aberta (eu não ia dar uma incerta) e simplesmente não souberam me dizer. Absoluta falta de respeito com os torcedores e consumidores.
Depois, o Osorio (presidente da TAAG) me disse que tinham ingressos no setor Gramado Sul por 72 reais. Ou seja, o preço do ingresso tinha apenas o desconto de 10% para o sócio torcedor (eu e o Osorio somos sócios torcedores) e não os 50% prometidos.
Foi por isso que o título desse artigo é este. Não adianta fazer um estádio bonito, maravilhoso e acessível se o preço é inacessível para a grande maioria das pessoas com deficiência, que é um público onde o indíce de desemprego é alto. É uma acessibilidade inacessível para as PcDs.
Achei um absurdo isso e resolvi assistir em casa. Estou afim de conhecer a Arena mas não é para tanto.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Troquei de óculos!


Não foi só o blog que mudou de lay out. Eu também! Estou de óculos novo. Depois de quatro anos, finalmente consegui trocá-lo. O único problema é que os graus aumentaram. Tava com dois no olho direito e passei para 3,5. No esquerdo, eu tava com 0,5 e fui a 1,5. Mas tudo bem. A vida é assim mesmo. Sinal da idade. Queria agradecer a ajuda imprescindível da minha amigona Lucilene na escolha do modelo. Vejam se fiquei bem.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

TAAG ganha espaço na mídia

Como faço com as estatísticas do blog, relatarei aqui os feitos da TAAG para que fique tudo arquivado e nada se perca nas notificações do facebook ou do twitter.
Pois, nesta semana, o Osorio (presidente da TAAG) deu duas entrevistas para veículos do Rio Grande do Sul. A primeira foi para a rádio Band e a segunda foi para o jornal Zero Hora: http://wp.clicrbs.com.br/boladividida/2013/01/25/gremio-nasce-uma-torcida-superespecial/?topo=13%2C1%2C1%2C%2C%2C13 . Esses dois espaços deram uma ótima repercussão para nós. Tivemos muito apoio pelo facebook e, principalmente, pelo twitter já que a nossa conta (@taag0812) foi divulgada tanto na coluna do Hiltor Mombach (para quem não viu, aí está: http://www.correiodopovo.com.br/blogs/hiltormombach/?p=22823) como hoje na coluna do Luiz Zini Pires. O nosso número de seguidores aumentou mais de quatro vezes.
Estamos muito animados. Agora, é esperar pela nossa estreia no dia 30. Se Deus quiser, com a classificação em cima da LDU.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Mudança de layout do blog

Conforme o blog foi evoluindo, comecei a achar que o layout tava muito duro, muito formal. Resolvi mudar então. Estou pegando os modelos; as cores e as sugestões do Blogspot e estou fazendo uns testes. Mas é claro que aceito sugestões até porque não sou designer ou diagramador. E a quantidade de opções é enorme. Quem me ajuda?  

sábado, 19 de janeiro de 2013

Artigo do Jorge Amaro


Este texto do Jorge eu não consegui publicar. Mas compartilho com vocês o conhecimento:


                                                                   Viva a diferença

O que significa ser diferente? Para o escritor norte-americano Henry Thoreau, se um homem marcha com um passo diferente dos seus companheiros, é porque ouve outro tambor.

O Brasil vive uma revolução democrática, que pulsa e coloca, no palco central das políticas públicas, pessoas que, ao longo de toda nossa história, estiveram completamente a margem da sociedade. É um fato que não podemos negar.

Da mesma forma, destacamos que há ainda uma grande distância entre ricos, pobres e miseráveis mas temas como igualdade racial; combate a homofobia; gênero e acessibilidade, cada vez ampliam sua visibilidade no cenário nacional.

Mas porque há, ainda, uma elite que insiste em desconhecer a importância deste processo no país? Recentemente, a psicóloga Elizabeth Monteiro ao falar sobre o caso do jovem do massacre na escola de Connecticut (EUA), quando discorria sobre os conceitos de psicopatia e da síndrome de Asperger, um tipo de autismo, criou confusão e mostrou desconhecimento.

A escritora Lya Luft, em edição recente da Veja, falou sobre a educação inclusiva, política pedagógica de convivência entre pessoas com deficiência e alunos regulares nas salas de aula. Conforme ela, "o politicamente correto agora é a inclusão geral, significando também que crianças com deficiência devem ser forçadas (na minha opinião) a frequentar escolas dos ditos 'normais' (também não gosto da palavra), muitas vezes não só perturbando a turma, mas afligindo a criança, que tem de se adaptar e agir para além de seus limites - dentro dos quais poderia se sentir bem, confortável e feliz".

O que estes dois casos nos dizem? Se, por um lado, começam a ocorrer medidas, sejam elas afirmativas ou de garantia de direitos, buscando essencialmente a igualdade de oportunidades, por outro lado, temos ainda setores da mídia, respaldados obviamente por um modelo social, que expressam graves preconceitos, negando as diferenças e o respeito á diversidade. Um país, para ser legitimamente democrático, deve respeitar os direitos humanos e promover o combate à intolerância. A questão é: qual o Brasil que queremos? E mais: que papel teremos em sua construção? O politicamente correto incomoda porque ele expressa a voz e exige os direitos de quem sempre foi excluído.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

4 mil acessos!

Pois é, minha gente, alcançamos a marca de 4 mil visitantes no nosso blog. Dos últimos quatro meses, em três ultrapassamos 400 visualizações e neste mês, provavelmente, passaremos de 500. Do total de visitas, 73,23% foram brasileiras e 26,77% estrangeiras. Foram 34 países de fora que nos acessaram. São eles: Alemanha; Estados Unidos; Rússia; Gana; Letônia; Portugal; República Tcheca; Canadá; Reino Unido; Honduras; Uruguai; Colômbia; Israel; Barbados; Japão; Arábia Saudita; Emirados Árabes; Polônia; Malásia; Nicarágua; Espanha; Senegal; Índia; Austrália; Iraque; Argentina; Nova Zelândia; Chile; Bélgica; Ucrânia; França; Itália; Suécia e Indonésia.
E, para terminar as estatísticas, já temos 93 seguidores. Tem sido uma troca fantástica.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

TAAG no Correio do Povo

Hoje foi a primeira aparição da Torcida Acessível da Arena do Grêmio (TAAG) num veículo grande da imprensa. O Hiltor Mombach, na sua coluna do Correio do Povo, fez um tópico sobre a gente. É este o texto:

                           Torcida Acessível Arena do Grêmio


O cadeirante Osorio Martins está lançando a Torcida Acessível Arena do Grêmio (twitter.com/taag0812).

Entusiasmado com a inclusão social dos portadores de necessidades especiais e com a reserva de 270 lugares no estádio, pretende ajudar escalando pessoas para ajudar os deficientes na acomodação dos deficientes em dias de jogos, montar um cadastro e promover ações como doação de sangue, arrecadação de brinquedos e divulgação sobre acessibilidade.  


Link da notícia: http://www.correiodopovo.com.br/blogs/hiltormombach/?p=22823    

A receptividade do tópico está sendo ótima. Muitas pessoas estão comentando favoravelmente nas redes sociais. O número de seguidores do nosso perfil no twitter já aumentou. Estamos crescendo e espero que este espaço na imprensa seja o primeiro de muitos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Uma história de cirurgia

Em 1984, tive que fazer uma cirurgia complicada. Na verdade, foram duas cirurgias. Fiz a primeira e fiquei de tala por uma semana. Na semana seguinte (óbvio), o bicho pegou. Fiquei com um gesso que separava as minhas pernas com um cabo de vassoura e ia até embaixo dos braços. Os únicos "espaços em branco" eram o peito e onde eu fazia as minhas necessidades fisiológicas. Fiquem com esse gesso durante 45 dias.
Não foi fácil. Pouco eu saía de casa. Para a minha sorte, um amigo do meu pai, me deu um Atari. Foi um santo remédio! Era com ele que eu brincava com meus amiguinhos. Até porque, em função do gesso, só podia ficar de pé ou deitado.
Aliás, esse Atari tem uma história legal. Ganhei ele do Johnny Tomazoni, um falecido colega de trabalho do meu pai. Só que ele viajou (com o meu pai, a serviço) e pediu para o Derli me entregar o brinquedo. Quando meu pai chegou em casa, no final da semana, estava eu com o Atari. Contei a história e ele não acreditou. Ligou para o Johnny e cobrou porque não foi avisado de nada. Resposta do Tomazoni: "o brinquedo era pra ti ou pro teu filho?".
Para estudar, a gurizada copiava a matéria nos meus cadernos (geralmente, era o Rodrigo Coulon quem fazia isso) e estudava em casa. Nós tínhamos aquele aparelho de som antigo e o móvel onde ele ficava dava exatamente na altura do meu peito (naquela época, eu devia ter, 1,30m;1,35m). Então, era ali que eu estudava e fazia as minhas refeições. Ah, e passei de ano sem pegar recuperação.
Teve outra situação em que tive uma crise de choro (eu tinha 10 anos, né gente?) porque tava com saudades de alguns colegas e do colégio.Toca o meu pai sair do serviço para me levar no colégio. Minha mãe ligou para a escola, os professores avisaram e meus colegas passaram o recreio comigo. Foi ótimo.
Bom, depois dos 45 dias, tirei o tal baita gesso e fiquei com um só nas pernas durante mais 15 dias. Aí eu voltei para as aulas. Nos primeiros dias, eu ficava até o recreio. Na segunda semana, ficava a aula toda e, no recreio, a professora (tia Ana Luiza) designava dois colegas e, modéstia a parte, eles brigavam para ver quem ficaria comigo.
E a própria gurizada me carregava pra cima e pra baixo. O tio Moreno (professor de Educação Física) ensinou e mesmo as meninas (maiores) me pegavam no colo. Ou faziam uma cadeirinha (de dois) ou me botavam nas costas. Era uma farra!
Depois dessas duas semanas, finalmente tirei o gesso e fui me recuperando aos poucos com a fisioterapia. Como disse no começo do texto, não foi fácil. Mas superei e, com certeza, o que mais ficou marcado em mim foi o carinho dos amigos. Do Rodrigo; da Mariana; da Daniela; do Marcus; da Marcia; do Leonardo; do Daniel D'ávila; do Daniel Azambuja; do Humberto; do Marcus; da Anapaula e da Fernanda; do Bing; do Guilherme; da Cinthia; da Sabrina; da Tatiana; do tio Moreno e da tia Ana Luiza, etc... Claro que também não posso esquecer da minha família: mãe; pai, Dri e Dé. Inesquecível!

OBS: o etc foi porque, provavelmente, eu esqueci alguém. Me desculpem. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Torcida Acessível da Arena do Grêmio

O meu amigo Osorio Martins foi um espécie de consultor de acessibilidade durante a construção da Arena do Grêmio. E na inauguração, dia 8 de dezembro no jogo contra o Hamburgo, ele teve um brilhante ideia: fundar uma torcida de pessoas com deficiência no Grêmio. Surgiu aí a Torcida Acessível da Arena do Grêmio, ou TAAG.
E ele entrou a fundo nessa história. Montou até uma equipe de trabalho e o que é melhor: me convidou, o que muito me honrou, para cuidar da parte da comunicação. Imaginem: juntar o meu time do coração; a minha causa preferida e jornalismo. Fantástico! E nesse time tem gente que eu conheço e gosto, como a Liza e o Rotechild, e pessoas que estou conhecendo e aprendendo a gostar, como a Daniela e a Daiana.
Estamos muito no início mas, segundo o Osorio, faremos um movimento a favor da acessibilidade e participaremos de ações sociais no Grêmio. Já temos a nossa fan page no facebook: https://www.facebook.com/TorcidaInclusivaDaArenaDoGremio; twitter: @taag0812 (sou eu que cuido) e até clipe no youtube com o nosso hino: http://www.youtube.com/watch?v=d7j2TCundmk . A nossa página no face já tá perto de 250 "curtidas". Nosso twitter tem 19 seguidores e o clipe, lançado hoje, já teve 23 visualizações. 
Aonde vamos chegar com essa história, eu não sei. Não sei que apoio teremos nem qual será o nosso alcance. Só sei que estou adorando participar desse movimento.